Passeio Mistério – Festa da Flor 1995

Um “Passeio Mistério” não é, nem nunca pretendeu ser, uma competição. Tem um tempo limite, duas horas, por questões de organização. Tem prémios para valorizar a participação e a atenção que é preciso ter. E hoje, sendo o tema as flores e as plantas, pretendemos, apenas, que descubram alguns pormenores que não estão escondidos, mas que, às vezes, exigem um olhar diferente, com mais cuidado. Cada questão colocada é pontuada, sendo a resposta correcta com 10 pontos. Cada minuto de atraso, para além das duas horas, terá uma penalização de 5 pontos. De resto têm toda a liberdade de consulta: livros, pessoas, os elementos que entenderem por mais convenientes. O nosso objectivo é que descubram coisas novas na nossa terra, para a conhecer melhor. Porque, estamos certos, conhecendo-a melhor, gostarão mais dela. Só se ama verdadeiramente quando se conhece bem o objecto do nosso amor. E as flores mais bonitas do Sardoal são as pessoas, apesar de haver muitas flores de cores e perfumes diversificados. Também muito bonitas. Vamos descobri-las!

Estamos na Praça Nova, havendo, também, quem lhe chame Praça das Tílias. Estas são fáceis de contar, por isso diga-nos quantas são: ________

Nos muros que a envolvem existem azulejos que representam figuras típicas do Ribatejo. Quantas figuras diferentes estão representadas? ________

Como se chama a Rua que contorna a Praça? ________

Na entrada dessa Rua, pelo lado da Tapada do Américo, encontram-se duas placas toponímicas, uma em cada lado da rua. Quais são? ________

Volte para trás e diga-nos: quantos anos tem a Taberna do Rei? ________

Há alguns meses faleceu um comerciante que esteve estabelecido nesta Rua durante dezenas de anos. Chamava-se Joaquim Dias Serras, mas era popularmente conhecido por outro nome. Qual? ________

Do lado contrário da rua encontra-se uma taberna, onde pontifica um dos últimos taberneiros do Sardoal. “Jarego” e “Mula Branca”, são apelidos pelo qual é conhecido o seu proprietário. Qual é o seu verdadeiro nome? ________

No mesmo lado da rua, antes da caixa do correio, uma placa esmaltada anuncia a venda de estampilhas e mais fórmulas de franquia postal. Durante muitas dezenas de anos funcionou nesse prédio um estabelecimento comercial, cujo proprietário foi o pai do Presidente da Câmara que sucedeu ao Sr. Lúcio Serras Pereira. Procure saber junto de pessoas mais velhas quem era o proprietário desse estabelecimento: ________.

Do lado contrário da Rua encontrará novamente a placa toponímica desta rua. Qual era a profissão do ilustre sardoalense que lhe dá o nome? ________

Junto à Fonte da Preta, compare o brasão do Sardoal que ali existe com o actual e diga-nos qual é o elemento diferente que o mesmo contém em relação ao actual? ________

Esta fonte, que no ano passado comemorou o seu 1º centenário, tem no Sardoal uma outra que lhe é contemporânea. Qual? ________

Dirija-se, agora, para a Praça da República. Ainda na Rua Bivar Salgado vai encontrar, desenhadas na calçada, as oito primeiras letras do alfabeto. Procure saber qual era a função dessas marcas. Tinha a ver com feiras e mercados. Qual era? ________

Os mastros da Câmara Municipal não têm bandeiras hasteadas. Mas imagine que estavam e diga-nos quantas estrelas deveria conter a bandeira azul da UE? ________

Seguindo a Rua que tem o nome do autor que se pretende recordar e homenagear com o painel que se encontra na parede da Igreja do Espírito Santo, suba a Travessa do Senhor dos Aflitos. Entretanto conte quantas hortênsias encontra até ao Senhor dos Aflitos. Quantas são? ________ E sardinheiras (malvas)? ________

Quantos rostos conta no Senhor dos Aflitos? ________

Vá subindo a Rua Mestre do Sardoal. Logo depois de encontrar um painel cerâmico com a imagem de S. Pedro, volte as costas à Rua Dr. Giraldo Costa e diga-nos qual a invocação da Capela que daí consegue ver parcialmente: ________

Dirija-se, agora, ao Adro da Igreja Matriz. Como já está cansado(a), sente-se no centro do último degrau da porta principal da Matriz. Quantos candeeiros verdes consegue contar no Adro, à esquerda do plátano? ________

Do mesmo local e olhando na direcção da casa da Quinta do Coro, encontra-se um elemento arquitectónico estranho à nossa região. Qual é? ________

Por essa porta já entraram e saíram muitas noivas. Tradicionalmente o ramo que transportavam era constituído por flores de citrinos. Deste local quantas árvores consegue ver que possam dar essas flores? ________

Próxima da Igreja Matriz fica a Casa do Adro. Procure a placa que a identifica e diga-nos de que cor são as letras. ________

Desça as escadas. Do seu lado esquerdo encontra um muro com muitas flores e plantas ornamentais. Diga-nos como se chama a planta que dá as flores da cor do manto do Senhor dos Passos. ________. Seguindo em direcção ao Largo da Escola, mas ainda com o portão que tem inseridas as letras MS nas suas costas, avistará à sua esquerda um outro painel cerâmico. Qual é a sua invocação? ________

Descendo para o Largo da Escola, contornando o muro dos jardins da Casa do Adro, encontra-se, logo a seguir à árvore de maior porte, uma pequena construção que tem inscrita a data de 1954. Falta-lhe um elemento essencial para que possa cumprir as funções para que foi ali colocada. Qual é? ________

Hoje não falaremos da Escola que aqui funcionou até 1935 (+/-). Nem da Casa do Ensaio. Nem da Filarmónica União Sardoalense. Nem de outros valores simbólicos que este largo pode encerrar. Vamos descer em direcção à Igreja da Misericórdia, mas antes vamos olhar com atenção o pequeno jardim do Sr. Fernando Rosa, muitas vezes premiado noutros Concursos da Festa da Flor. São muitas e bonitas as flores e plantas que contém. Mas uma planta, pelas suas características exóticas, chama a atenção. Qual lhe parece que seja (basta indicar a sua designação popular)? ________. Logo abaixo, a porta lateral da Igreja da Misericórdia, num estilo que podemos chamar “Manuelino”, chama a nossa atenção, até por alguns sinais de degradação que já ostenta. Quantos lóbulos acirelados apresenta intactos? ________

Apesar da placa que nos indica a Cadeia Velha, vamos seguir em sentido contrário, pela Rua da Amargura. Antes, porém, o Portal da Misericórdia, cuja autoria é atribuída ao Mestre Nicolau de Chanterenne, merece um olhar atento. A conservação do Património Cultural deve merecer a nossa atenção constante e este portal, pela sua qualidade, exige intervenção urgente. Fica a chamada de atenção. Por sobre o arco, amparado por dois anjos, encontra-se o painel da Misericórdia. Quantas figuras o compõem? ________

Vamos seguir a Rua da Amargura, apenas para comprovar, mais uma vez, o carinho que as flores continuam a merecer a muitos sardoalenses. Dali ao Bugalhinho é um passo. E as flores continuam numa girândola de cor e beleza. O vosso destino imediato é o largo que tem o nome da árvore cujas folhas alimentam os bichos-da-seda, em busca da memória de um ferreiro. Como se chamava? ________

Na varanda alguns vasos estão seguros com cimento. Quantos? ________ O nº 13, para quem seja supersticioso, pode impressionar. Aqui é apenas um número de polícia. Era ali a forja. Quantos alcatruzes de nora se encontram pendurados? ________

Sigam pela Rua da Amoreira. Quando encontrarem uma videira com um tronco muito comprido, para que não possam facilmente colher-lhe as uvas, reparem que as suas parras protegem um vaso de cravos. De que cor? ________

Antes de encontrar a hortênsia que pende do muro, como que a proteger uma malva, virem à esquerda e antes de encontrarem a Sagrada Família (outra vez o nº 13!), procurem uma quadra de natureza popular. Transcrevam-na: ________

Logo a seguir, na rua, encontram uma árvore de fruto. Qual? ________

No Quintal do Sr. António Martins, depois do nº 11, quantas oliveiras existem? ________

Sigam como quem vai para o Chafariz Três Bicas. Quando encontrarem dois painéis cerâmicos de inspiração religiosa voltem para trás. No entanto digam-nos quais são as invocações desses painéis? ________

Retomem a Rua do Paço. No recanto onde fica a casa do Sr. Manuel Agudo, procurem o nº 4 que ali se evidencia. Qual é a designação popular da primeira flor que está plantada no alegrete, mais próxima desse nº 4? ________

Sigam pela Praça da Palha, olhando com atenção o alegrete do lado esquerdo. Quantos pessegueiros se encontram aí plantados? ________ E videiras? ________ (Devem seguir o alegrete até ao fim). Depois vamos até ao Paço. Apenas até ao portão. Sem contar o n.º 11, quantas letras e números consegue contar no portão? ________

(Cuidado que existem letras e números muito pequenos que as mãos quase tocam, quando se abre e fecha o portão…). Continuem o percurso seguindo pela travessa que fica à direita de quem toca a campainha. Um pouco adiante, do lado direito, hão-de encontrar uma pintura azul que faz lembrar um moinho de papel. Quantos anos tem essa pintura? ________ Continuem pela travessa até encontrarem de novo a Rua do Paço, seguindo então para a esquerda, para entrar na Rua Velha. Deixando a Rua Velha, sigam pela Travessa da Amoreira. Contem nessa travessa as argolas que serviam para prender os burros, mulas e outras bestas de carga. Quantas são? ________

Antes de chegar à Rua da Amoreira, quase escondida pelas rosas, encontra-se outra árvore de fruto. Se já desse frutos, frutificava nesta altura. A que árvore nos referimos? ________

Estamos no coração da Vila Jardim, numa das suas ruas mais bonitas. Olhando para outro painel cerâmico que invoca S. João, sigam para a esquerda. Daí até à Rua Velha, depois das flores, vão encontrar duas inscrições publicitárias iguais. Transcrevam-nas: ________

Logo a seguir, já na Rua do Poço dos Açougues, encontrarão uma casa forrada a azulejos. Gostos, que não se podem discutir. De que século são esses azulejos? ________

Continuando pela Rua do Poço dos Açougues, voltamos a encontrar argolas para prender animais de carga. Quantas se encontram até à Rua do Paço? ________

Estão de novo na Rua do Paço. Desta rua, olhando para a Rua da Espinhaça, com os pés assentes na tampa de esgoto que está no meio da rua, quantas chaminés conseguem contar? ________

Continuem como quem vai para o Sarabando. Na casa do Sr. António Madeira Rosa é visível uma marca na parede que evidencia a falta de uma placa toponímica. Se essa placa lá estivesse, o que teria escrito? ________

No cruzamento sigam pela rua mais íngreme, até encontrarem o Poço da Ratinha. Procurem a data de 1858 e, com ela pelas costas, indiquem quantas videiras avistam desse local? ________. Continuem a subir a Rua do Poço da Ratinha.

Perto do nº 7, encontrarão um poema inscrito num azulejo. Transcrevam-no: ________

Sigam agora pela Rua António Duarte Pires, até encontrarem a entrada da Rua da Espinhaça/Travessa da Cocheira. A partir daí e até à Igreja do Espírito Santo, quantos lagartos conseguem encontrar, sem contar os que se encontram nas placas toponímicas? ________

Seguindo pela Avenida Luís de Camões e entre esta e a Rua 5 de Outubro, encontra-se uma capela. Qual é a sua padroeira? ________

Sigam pela Rua 5 de Outubro, contem quantas árvores se encontram até à Capela de Santa Catarina? ________ E quantos toldos? ________. Como sabem, as árvores costumam merecer uma atenção especial da parte dos “fiéis amigos” que são os cães. Para justificar a existência de tanta árvore talvez valha a pena procurar os cães. Para isso entrem no “CAFÉ DIAS” e contem quantas imagens de cães, estilizadas ou não, aí se podem encontrar: ________

E porque pelo caminho encontraram alguns exemplares notáveis de videiras, cujo fruto permite a produção de vinho, ainda no Café procurem uma frase alusiva ao vinho, inscrita numa peça de olaria que, pelo seu estilo, deve ter sido fabricada em S. Pedro de Corval, entre Reguengos e Monsaraz. Transcrevam-na: ________

Decerto já se encontram cansados. Também já falta pouco para o final do Passeio.

Apenas mais um esforço. O que vos pedimos é que vão ao Largo do Convento de Santa Maria da Caridade. Aí chegados procurem saber qual a data da inauguração oficial do Lar/Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia? ________

E por quem foi inaugurado? ________

Como ainda não foi há muito tempo e podem conhecer as respostas de memória e porque nós queremos ter a certeza que lá foram, no final da prova terão que nos entregar uma folha (uma só!) que possa servir de alimento aos bichos-da-seda. (A não entrega desta folha implica uma penalização de 50 pontos). ________

Podem regressar à Praça Nova. O caminho de regresso fica ao vosso critério. Quando lá chegarem apenas terão que responder a mais uma questão, que é a de saber quantos candeeiros completos se encontram colocados à volta da Praça Nova.

E pronto! Terminou mais um “Passeio Mistério”, que se calhar teve muito pouco de misterioso. Lá para a tarde, depois das 17 horas saberão os resultados.

Obrigado pela participação!

27 de Maio de 1995